Logo após a 1ª Guerra Mundial, a Europa, principalmente a Alemanha, a qual foi mais prejudicada com o conflito, está em transformação. Na Alemanha surgem, as classes ocas (uma diminuição da população na faixa etária de 20 a 40 anos, ocorrendo um declive demográfico) e um sentimento de profunda indignação com relação as decisões do Tratado de Versalhes. A França, mais prejudicada pela primeira guerra, é categórica em querer que a Alemanha cumpra à risca o Tratado de Versalhes e pague as dívidas de guerra. A Grã-Bretanha é mais suave em relação à efetivação do tratado, pois, percebe que a França quer se aproveitar da situação para adquirir a hegemonia continental, e decide ajudar a Alemanha a levantar-se. A Alemanha não quer pagar a França, e esta invade o Ruhr (vale do rio Ruhr) onde estão as minas de carvão e ferro, suportes da industria da época, sendo desaprovada pela Grã-Bretanha e pelos Estados Unidos. Na economia interna alemã vemos, uma grande inflação: o marco está extremamente desvalorizado, com uma emissão de moeda desgovernada.
Socialmente surgem, subversões: os ex-combatentes, insatisfeitos por terem lutado, perdido e, ainda, estarem pagando a dívida, têm uma tendência à rigidez militar, luta armada, ou seja, a ditadura. Surge também uma classe de enriquecidos, que se aproveitou da guerra, e de empobrecidos, que emprestaram dinheiro ao Estado e não receberam de volta. A crise do Ruhr arruina os poupadores. Existe um sistema democrático, mas, uma grande pobreza, campo fértil para o totalitarismo. Com a guerra, também há necessidade de concentrar esforços, mobilizar homens e recursos. Essas tarefas ficam a cargo do Estado, que se fortalece. Aqui aumenta o papel do executivo, contrariando as leis liberais de não intervenção do Estado.
Nesse meio tempo, também está acontecendo a revolução soviética, comunista e, portanto, um perigo visível para capitalismo europeu e mundial. Aumenta, assim, a ajuda econômica para a reconstrução da Alemanha, lhe é permitida a organização de um exercito nacional. A Alemanha torna-se um obstáculo geográfico ao avanço comunista. O espírito humano, após uma guerra, também muda; percebe-se a perenidade da vida. No tocante a religião, a provação despertou com freqüência o sentimento religioso... Por haverem deixado as Igrejas, em todos os países, envolver no esforço da guerra esta divorciou da fé um sem-número de espíritos. Percebe-se que há uma volta à religiosidade, mas, também, um abandono da fé. O efeito sobre os espíritos traz novas concepções:
* Abala os valores liberais, pois, não é quem trabalha que próspera, mas, sim, quem especula.
* Fortifica-se o pensamento de gozar a vida, pois, vem a guerra e perde-se tudo.
* O nacionalismo, que vai ser um dos suportes da ideologia nazista.
A Europa também se percebe, não mais como o centro do mundo, mas como uma devedora diante de uma potência em ascensão chamada de Estados Unidos da América. Nesse período, na Alemanha, começam a eclodir ataques terroristas e, em Munique um obscuro agitador chamado Adolf Hitler começa a escrever seu nome no lado negro da história. Como o idealizado da 2ª guerra mundial, cujos agravantes redigirei a seguir.